Maldito cavalo parado

Semana passada ou no início dessa eu escrevi sobre um momento ruim da minha vida, em que eu tava me sentindo mais perdido que apresentador do Globo Esporte SC. Escrevi naquele momento uma espécie de desabafo, mesmo que eu não saiba muito como fazer isso. De certa forma, de lá para cá, as coisas melhoraram. Algo que eu já esperava, já que acho natural que a vida seja feita exatamente desse movimento de altos e baixos, uns de maior intensidade, outros mais amenos. E se há um momento de desespero, certamente haverá um de tranquilidade. Não há como fugir dessa natureza da vida e do tempo.

Apesar disso, de ter passado a tensão inicial, não sei se posso dizer que estou em um momento melhor. Tenho me sentido sem as rédeas da vida. E, para piorar, o cavalo está parado.

Sempre defendi que cada um é responsável pelo próprio caminho, e que se as coisas não estão da maneira que a gente quer, basta um pouco de atitude para colocá-las no rumo. Atitude e coragem. No entanto, sempre entendi também que não é assim para todo mundo. Há casos em que as coisas fogem do controle e não há atitude que dê jeito. Ou, se há, não dá para julgar quem não tem.

Mas eu não queria que isso acontecesse com a minha vida.

Se eu perdi a rédea, e o cavalo está parado, eu deveria descer e começar a andar. Mas isso tem sido mais difícil do que eu gostaria que fosse. Talvez esteja faltando mais coragem do que atitude.

Na verdade, o que mais tá faltando é vontade. Falta vontade para trabalhar, para estudar, para fazer a monografia; falta vontade pra correr, pra arrumar a casa, pra lavar o carro. Todo dia é um trabalho para sair da cama e para voltar também. E isso é horrível. São poucos os momentos que dá para se sentir bem.

Mas, novamente, esse post é apenas um desabafo. Acredito que falta um start, um pontapé, para que eu possa descer do cavalo e seguir em frente. Um pouco de grana, um romance, uma notícia boa que seja... uma hora algo acontece. Vamos na fé...

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