a estrada


A vontade de encher a mala de cueca e sair pelo mundo é grande. E sem mala, porque carregá-la está difícil.

Eu só queria, do nada, parar de me importar com tudo, como eu defendo que as pessoas façam. Queria tacar o foda-se pra monografia. Eu já sei o que tinha que aprender na faculdade sobre jornalismo. Queria tacar o foda-se pra todo o resto.

Mas não dá. Certas coisas são importantes demais. Os amigos, a família... como a gente larga isso? Não dá nem pra querer.

Mas, voltando, tem hora que eu só queria estar na estrada (isso até eu ver a estrada, porque se tem uma coisa que eu detesto, essa coisa é estrada), parando pra tocar violão com algum violeiro de rua (mas eu nem sei tocar violão).

Enfim, quem aqui ainda não teve vontade de sumir que dê um mortal pra trás. Viu, ninguém precisa fazer isso.

Mas isso vai passar. A gente só precisa de um final de semana com mais altos do que baixos, porque esse até teve seus altos, mas também teve seus momentos de peso, tipo derrota do seu time por 15 a 1, pra começar.

Se não passar, a gente faz uma prestação na kombi e pega a estrada.

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