Travas

Travei. Não consigo escrever.

E, como minha função neste mundo é essa, puxo a linha e peço pra descer. Preciso escrever, de manhã, de tarde e de noite. E olha que eu nem sei direito como se faz, mas preciso. Além de ganha-pão, é o hobby. Os dias, no entanto, estão difíceis para escrever.

Acho que a necessidade está me tirando o foco. Ontem fiz a minha primeira orientação de monografia, o que me obriga, cada vez mais, a escrever mais e mais e mais e mais. Antes disso eu tenho que ler e ler e ler e ler. Fora isso, eu tenho que estar ligado em tempo integral pra escrever para o trabalho, um portal de notícias.

Creio que não há dois tipos tão diferentes de leitura e escrita do que as diferenças entre a monografia e um portal de internet. Acho que é ter que ficar o tempo todo nessa tensão que tem me travado. Fique claro, contudo, que eu não estou reclamando. Não há gente tão grata no mundo quanto eu pela minha vida. Adoro essas duas coisas. A escrita densa, lenta, pesada, assim como a rápida e leve.

Eu só preciso me encontrar, me dividir e me concentrar. Este final de semana vou conhecer o pasto da Carolina, uma promessa antiga. Nada é tão calmo quanto um. Vamos ver se ajuda. Vou tentar deixar as frustrações, as angústias, as culpas e as coisas coisas mal resolvidas por lá.

Sempre que entrei no campo, foi pra jogar. Nunca corri da raia. Tem dias que a cruz tá mais pesada. Hoje é um deles. O importante é saber que amanhã o sol nasce de novo. Eu tenho um milhão de coisas pra fazer e não posso ficar aqui parado. Vejo vocês no caminho.

Um comentário:

  1. No caminho? Eu ia dizer justamente que "usar" as pessoas por perto para distrair, inspirar e relaxar seria uma boa. A escrita faz mais sentido se não estamos/somos sozinhos.

    Beijos...
    Ana

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