Resumo da vida profissional, o tema da semana aqui em casa:
15 anos: Ajudava a mãe na mercearia da família.
17 anos: Estagiário da Kronos Engenharia, empresa do meu tio. Eu fazia um curso de desenho no Senai e trabalhava meio período na empresa para aprender o ofício. Não deu certo porque a empresa era uma das únicas do Brasil que usava um software diferente de desenho e o cara que era pra me ensinar a usá-lo não tinha tempo para passar as bases. Eu não me interessava muito. Depois, lá mesmo, fui trabalhar como torneiro. Me enchi o saco e saí.
18 anos: Trabalhei na Embraco, como peão. Odiava o trabalho, mas foi uma época legal e eu aprendi muito sobre o trabalho real e sobre as pessoas. Conheci gente muito legal, bons amigos. Depois de um ano eu saí num grande corte de funcionários. Eu era um dos que menos precisava, pois morava com os pais. Eu odiava o trabalho e deixava isso claro. Facilitou a decisão do meu chefe.
Depois disso fiquei um tempo sem trabalhar. Talvez eu tenha feito algum bico que não lembro. Lá na Embraco eu estudei muito na linha de montagem, para passar o tempo e porque realmente queria passar na UFSC. Fazia um intensivão pela manhã. Chegava à meia-noite em casa e às 7 horas já estava no cursinho. Enfim, naquela ocasião não passei. No outro ano fiquei estudando e ajudando (muito pouco) meu pai. Passei na UFSC, pra Geografia, mas acabei entrando no Jornalismo, aqui no Bonja. Não trabalhei no primeiro ano da facul, mas acho que foi porque não arrumei emprego.
21 anos: Trabalhei como repórter-bolsista da Revi, um programa da faculdade. Foi um início no jornalismo. Mostro alguns textos de lá quando vou procurar emprego.
22 anos: Comecei o ano trabalhando como assistente da assessoria de imprensa da SDR Joinville, aquele cabidão de emprego. Além de odiar trabalhar para o LHS, aquele sujeito abominável, era o início da campanha do Mauro Mariani e nós o pintávamos como um rei. Eles não pagaram nada do meu salário e eu saí por todos esses motivos.
22 anos: Fui trabalhar numa agência digital chamada A2C. Era pra corrigir textos. Saí porque eu não tinha muito trabalho. Até tinha, como redator publicitário, mas não era muito a minha. Saí porque eles precisaram cortar uns custos.
23 anos: Fiz um freela de um mês e meio na agência Mercado de Comunicação. Saí por motivos pessoais, mais precisamente, para ajudar uma pessoa que precisava muito.
23 anos: Trabalhei como bolsista do governo no projeto Casa Brasil, como coordenador de um laboratório multimídia. Como o lab não funcionava (eu passei seis meses tentando fazê-lo funcionar) por incompatibilidade de sistema operacional e equipamentos estragados, fui embora.
24 anos: Trabalhei por três semanas num jornal de Jaraguá do Sul. Saí porque algumas coisas feriram meus princípios, como uma matéria puxa-saco com um ex-prefeito que era dedo-duro na ditadura militar, entre outras coisas. Lá também tive que fazer a escolha: ou você dedica sua vida ao jornal ou não precisa vir. Vocês podem descobrir sozinhos qual foi minha escolha.
24 anos: Fiz um freela no AN. Foi a melhor experiência até aqui. Fiz meu trabalho corretamente, apesar de não ter conseguido nem chegar perto do meu melhor. Saí quando faltava uma semana para acabar o contrato porque arrumei um emprego. Queria ter ficado, mas não haveria nenhuma vaga que desse para conciliar com a faculdade.
24 anos: Trabalhei duas semanas na revista Premier. Saí pelos mesmos motivos de Jaraguá. Incompatibilidade de princípios e mesma escolha em relação a minha vida, que é muito mais importante do que essas coisas.
24 anos: Caí de cabeça num negócio da família. Vou juntar uma boa grana, ajudar em casa, viver um bom ano na faculdade e fazer minha monografia.
Jornalismo, só daqui a algum tempo!
É, todo mundo (eu acho) - que não nasceu com o cú virado pra lua - já trabalhou em lugares que detestou. Pelo menos você não passou por coisas abomináveis como eu passei nas mãos de um velho psicopata tarado, assessor de um político, que acha que mulher é feita pra ser abusada e humilhada. Sorte sua ter nascido homem...
ResponderExcluirPois olha, eu sempre gostei dos lugares em que trabalhei, apesar dos atritos que tinha no Jornal Perfil (eram brigas semanais por recursos como combustível para a moto ou câmeras novas) e desincompatibilidade de opiniões com meu antigo patrão hehe. Mas ele era gente boa, apesar de um péssimo empregador hauhau. Talvez eu tenha nascido com o cú virado pra lua, como diz a Manu, ou eu simplesmente sou bem acomodado :D
ResponderExcluir