O meu problema

Descobri o meu problema.

Eu tô sempre agoniado por não conseguir escrever. A cabeça borbulha, fervendo de ideias, mas nada é transcrito. Isso, para um estudante de jornalismo e pretenso escritor, é, no mínimo, desmoralizante. Me leva à tristeza, me leva a momentos introspectivos bastante difíceis. Mas, agora, já tenho no que me apegar, pois acho que tenho uma teoria para o problema.

Pensava eu, e eu sempre tenho grandes (pra mim) pensamentos nos piores momentos para fazer uma anotação, no seguinte: "como é bom viver no meu tempo, logo eu, que sempre quis ser de outra época, acabo de perceber que tempo bom é o meu. Veja os diários, por exemplo, ninguém os lia. Hoje, com um blog, você tem um diário e ainda pode ser lido pela galera..."

Tá, não tá ao pé da letra, não era pra parecer tão idiota.

Bom, esse raciocínio ficou guardado.

Aí hoje eu tava vindo pra casa e pensando em fazer mais um texto, e outro, e outro, e puto, e louco pra escrever, quando... PIMBA!

Saquei o meu pobrema!

Eu não posso escrever simplemente porque as pessoas irão ler. E, porra, eu sempre quero falar mal de alguma coisa, do trabalho, dos amigos, do partido, da faculdade... de tudo. Enfim, eu deveria ter um diário, de papel mesmo.

3 comentários:

  1. Oi, Felps. Deixei este comentário num post seu mais antigo chamado "A Lola cancelou":

    Oi, sou a Lola, e cheguei aqui sem querer, através do Google. A história está incompleta. Sim, eu tive que cancelar o curso porque estou me preparando para um concurso na UFC (a maior parte dos doutores quer dar aulas em universidades federais, não em particulares, porque o salário é muito maior e há espaço para pesquisa. Além do mais, muitas particulares nem costumam contratar doutores, já que podem contratar mestres e pagar menos). Eu fiz a proposta do curso pra Ielusc bem antes de aparecer o concurso. Depois, quando o coordenador me avisou que iria oferecer a oficina, junto com outras 6 ou 7 oficinas, eu pensei que ela não abriria. Ele havia me dito que o prazo para as inscrições seria até dia 19 de junho. Ninguém me ligou depois do dia 15/6. Eu tinha certeza que meu curso não tinha atingido o número mínimo de inscritos e não abriria. Aí me ligam no dia 3 de julho, uma sexta à tarde, dizendo que a oficina abriu e começaria na segunda. Mesmo que o concurso não existisse e eu pudesse dar o curso, não seria melhor avisar antes para que o professor pudesse providenciar o material? Inclusive disponibilizando esse material pros alunos? A outra parte incompleta da história é que, na mesma sexta, quando comuniquei que não poderia dar o curso, liguei para quatro amigos meus, todos mestres em Estudos de Gênero, para ver quem poderia me substituir. O curso saiu e está sendo dado por um amigo meu. Ninguém foi prejudicado (além de mim, que devo ter sido xingada aos quatro ventos).
    E para os que fazem piadinhas sem me conhecer, leiam meu blog: www.escrevalolaescreva.blogspot.com
    Depois, talvez com conhecimento de causa, podem fazer piadinhas.

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  2. Ah, tudo bem, Felps. Eu não levo a mal, estou acostumada com gente que não gosta do meu estilo, porque sei que é diferente. Mas vc não lê minha coluna faz séculos, né? Porque eu não escrevo mais sobre cinema na Noticia faz mais de um ano. Tenho o Cartas da Lola há quase dois, e lá é mais raro eu mencionar o maridão. Aliás, o que vc chama de "ofender o marido" muitas pessoas veem como homenagem. Tá cheio de leitores(as) meus no blog que se declaram fãs do maridão.
    Enfim, como vc é estudante de jornalismo, deve acreditar na máxima de "ouvir o outro lado". Me ajude a divulgar a minha versão de como desisti de dar o curso na Iesville.
    E se algum dia vc tiver doutorado e tiver que decidir entre dar um curso de férias numa faculdade particular que não discutiu nem salário contigo, e que não te ofereceu curso algum além do curso de férias, e entre se preparar pra um concurso numa federal, bom, believe me, vc vai entender minha decisão.

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