Cometi um erro recentemente.
Na semana passada, noticiei, pelo blog do Dacs, a demissão do professor Gleber Pieniz do Ielusc, fruto da crise. Crise pedagógica, e não fincanceira. A pedagógica é a razão de nossa luta. A financeira é uma desculpa da direção.
O erro que cometi foi não ter ido checar a informação com uma das partes. Não por compromisso jornalístico, mas por compromisso enquanto sujeito, que sempre teve por hábito ouvir a todos antes de tirar conclusões.
Publiquei a notícia de maneira que tentei me concentrar na informação, mas sem ser isento, imparcial. Publiquei no blog do Dacs, um dos atores da luta. Publiquei a partir do nosso ponto de vista.
Obtive a informação por sorte. Encontrei o professor Gleber no momento em que ele chegava da reunião e ali conversamos. Perguntei quais eram os planos. E ele me contou sobre as disciplinas que pretendia lecionar e a forma como pretendia fazer isso. No entanto, disse que tudo estava em aberto e que nada era certo. Fui ao banco e demorei não mais que meia hora. Voltei ao Ielusc e o reencontrei. A reunião havia acabado. Gleber me contou alguns trechos da conversa. Falamos sobre novos planos e até combinamos uma festa de despedida.
Foi com base nesses trechos que acreditei na versão de Gleber, de que, apesar de ser confortável para ele a demissão, a decisão foi tomada pela direção do curso, sem negociação. Eu tinha certeza disso. Gleber não teria como inventar uma mentira com tantos detalhes na hora, a não ser que fosse o talentoso Ripley. Não teria porque mentir pra mim, já que estávamos/estamos engajados na mesma luta pela qualidade do curso.
Confiei no amigo, no companheiro de luta, e no meu instinto. Conversei com alguns colegas, pedi alguns conselhos e publiquei a informação.
Fui cobrado por não ter ouvido um lado, acusado de espalhar inverdades por aí. Aceitei as cobranças e as acusações.
Hoje, o professor Gleber mandou uma carta respondendo a acusação de que mentira. Respondeu reafirmando aquilo que eu acreditava, contando detalhes que havia me contado. Agora é público, com as palavras dele. Agora estou mais tranquilo. Escolho acreditar na versão de Gleber.
Gostei Felipe, você tem toda razão: a crise pedagógica é que deve ser a razão da nossa luta. Em meio à crise, está mais do que na hora de recobrarmos a lucidez para falar seriamente sobre este "detalhe" que até agora pemanece nos interstícios deste processo estafante.
ResponderExcluirUm beijo e boa noite. Elisa
Exato.
ResponderExcluirEstamos cientes destes problemas, e teu texto anterior nem de longe era ilusório. O problema é que as pessoas demoram um pouco para crer nestas verdades, até mesmo porque elas sao bombásticas e inaceitáveis.
continuemos.
Marcus
Caros e Caras,
ResponderExcluirJá escrevi no twitter e repito aqui: é chegado o momento de levar a suposta "crise" (digo suposta porque não temos transparência de parte da Direção do Ielusc) ao debate público.
Como entidade confessional e comunitária, patrimônio cultural de SC, filantrópica e assumidademente sem "fins lucrativos", o Ielusc é passível desta abordagem, com plena legitimidade. Temos candidatos que são ex-alunos, um deputado estadual que muitos têm acesso e vereadores na Câmara de Joinville que podem assinar uma proposta de Sessão Especial pra debater a crise e buscar saídas.
Não podemos deixar que as atitudes torpes, autoritárias e desastradas de um coordenador de ensino superior que age, certamente, com mandato da Direção, destruam uma obra coletiva de relevantes serviços públicos prestados à comunidade de Joinville e região. É simples constatar: basta olhar ao mercado, público e privado, de enfermagem, jornalismo, publicidade, turismo, educação física e mais recentemente nutrição. São centenas de profissionais que prestam serviços, qualificam o mercado e dão sua valiosa contribuição todos os dias à sociedade.
Só por isso já vale a luta pela preservação do projeto pedagógico e da qualidade do ensino na Comunicação e demais áreas do ensino superior do Ielusc. Com tantos empresários luteranos, alguns com assento no Conselho Diretor da instituição, não é difícil supor que podemos obter apoios fundamentais.
Deixo esta singela sugestão à apreciação do DACS e demais atores do processo. Contem comigo, naquilo que eu for útil.
Abraços fraternos,
Prof. Samuel Lima (Samuca)
Ex-diretor do curso de comunicação do Bom Jesus/Ielusc e docente do curso por 10 anos.
E-mail: samuca13@gmail.com