Não tinha a intenção de contar coisas do jornal aqui no blog, mas, visto que ando travado para escrever por aqui, me obrigo a algumas coisas.
Estou com muita sorte aqui. Minhas pautas são fáceis, coisa de praia, caderno de verão, essas coisas...
Hoje, por exemplo, vou à praia, descobrir os "points" para o verão. Acabei de chegar no jornal de bermuda e boné e a redação está vazia. Quando uma amiga apareceu, perguntei: "Pode vir de bermuda para o jornal?"
"Nunca vi", ela disse.
"Bosta", pensei.
À tarde, quando chegar, vou botar a calça que trouxe na mochila.
Mas voltando...
Estou contente aqui no jornal, mas não muito... Não gosto desse negócio de pauta de verão. Eu sempre fui um bom pauteiro na faculdade, mas parece que agora não sai nada. Só fico com buraco de rua, esses bagulhos. Acho que por isso, comecei a observar e a pensar sobre a rotina aqui dentro. É estranho o mundo em que essas pessoas vivem. Elas são estranhas. Eu, que já sou estranho, receio ficar pior. Na verdade, eu não sei explicar o que se trata. É só uma questão de observar como a mídia é feita por dentro, com um olhar ainda de fora.
Mas é mais ou menos o seguinte: tudo que a gente sempre quis é ter a faca e o queijo na mão, como agora, mas agora eu já não sei o que fazer com o queijo.
Estou escrevendo esta postagem enquanto aguardo o motorista e o fotógrafo, que foram atrás de um homicídio pouco antes de eu chegar. Uma mulher matou o marido.
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