O processo, creio, decorreu da experiência da noite anterior. Como faço todas as noites, acompanhei minha namorada ao ponto de ônibus, após a faculdade. A cidade estava encharcada, mas a noite era linda. Vivíamos o vigésimo dia de chuva, e aquele momento era a primeira interrupção, a primeira vez que víamos a lua desde que as águas começaram a cair. E ela estava imensa. Aproveitamos o "tempo bom" para caminhar. Fizemos uma volta maior, contamos segredos e confessamos a paixão um pelo outro de forma tímida. Demos um beijo e a chuva caiu no exato momento em que os lábios se tocaram. Não nos importamos, e, pela primeira vez, agradeci pela chuva. Nos despedimos e eu resolvi flanar por aí e tentar esticar o momento que havia sido bom. Talvez tenha sido esse o meu erro...
Eu já estava perto de casa, encharcado, mas ainda contente, quando decidi saltar uma poça. Não para evitar de molhar o pé, mas simplesmente para não correr o risco de cair num buraco assassino. Seria mais fácil dar a volta, mas a lembrança do que ela me dissera no ouvido era como um impulso, uma energia, que, sem objetivo, precisava romper as barreiras e ser canalizada em algo, como e tão singelo quanto um salto.
Talvez tenha me distraído, talvez tenha escorregado, talvez o joelho, já sofrido, não tenha dado conta do que o cérebro lhe pedira. Não sei como, e assim são os melhores tombos, só lembro de estar estatelado, com água até a coxa (não chegava a ser assassino, mas era um buraco violento).
O que seria um motivo para ficar bastante mal humorado, serviu para equilibrar os sentimentos, antes efusivos. Um banho, uma verificada no orkut, e logo fui ao sono, ter a última de minhas noites como um humano normal.
Continua...
A história é uma completa ficção, inclusive a parte da namorada e das juras.
ResponderExcluirAH!
ResponderExcluirPoxa !!!!!
gostei da história!
parecia tão real ....
hheehhe
Estava inspirado mesmo***